segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A consciência e consequência do VOTO

Votar por que e para quê?
Adeilton dos Santos - Graduando em Geografia licenciatura - UFS


    A Constituição brasileira oportuniza aos cidadãos o direito de escolher os seus representantes políticos, que decidirão juridicamente os rumos e diretrizes da economia, educação, saúde, lazer, segurança etc.. do povo através de leis e decretos que, estabelecerá às famosas regras de conduta política, econômica e social de toda a sociedade brasileira.
Art. 14.  A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
 II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.


    As formas de administrar e legislar de “pessoas públicas” é frutos de ideologias defendidas pelo grupo o qual (político) está inserido e estes são responsáveis pela manutenção dos significados e valores simbólicos da sigla partidária, da história de lutas, das derrotas e conquistas que no transcorrer dos tempos vivenciaram.  As campanhas de políticos na maioria das vezes, e isso é praxe no Brasil são “carregadas” de eufemismo, redundância verbal e um sensacionalismo conquistador da “massa” popular, que “ao fim e ao cabo” vêem no candidato a personificação de um trabalhador que sempre viveu na labuta para chegar onde está; um carismático solidário, um comediante, um bom comunicador de voz pacata e contrita com o social, o que não é verdade.


    Assim como a ideologia representa o conjunto das idéias articuladas entre si que rege um grupo, o marketing é outro mecanismo utilizado pela classe almejante do poder público. Esta estratégia não ficou restrita apenas as atividades econômicas na conquistas de consumidores, a promoção da imagem pessoal (marketing pessoal), é um fortíssimo método aplicado nos outdoors, faixas, banner, músicas, discurso encomendado, palavras “mágicas”, positivistas, saudações tradicionais com aperto de mãos, abraços, tapinhas nas costas, relatórios de obras que dista do período pré-histórico e etc... Puro disfarce dos candidatos alegarem lealdade na postura pública de defender a sociedade, promover a justiça e cidadania como se tais “objetivos” começassem no período eleitoral, ou sendo eles apenas os únicos “mortais” capazes de articularem as propostas de regências de uma sociedade.


    Na atualidade nós Brasileiros votamos tradicionalmente no indivíduo sem refletir na (s) ideologia (s) que este indivíduo defende nas bancadas dos objetivos partidários; erramos seriamente nessa perspectiva. Um dos fatos é a idéia de que votar na figura do candidato que está mal na preferência popular é voto perdido; é como o ditado cotidiano “Maria vai com as outras”,  e aí votamos naquele que apresenta o melhor ranking nas pesquisas o que nos deixa mais “confortável” até mesmo nas conversas com os amigos e parentes. Isto é uma herança de tempos passados em que o voto de cabresto definia a eleição, juntamente com a intimação dos coronéis e cabos eleitorais para saberem “quem votou em quem”.


    A Infelicidade hoje dos apadrinhamentos, dos cargos em comissão, das trocas de favores, da venda do voto por R$ 50,00 (ou menos), do marketing com aparato moderno, e dos subalternos a lideranças (comunitárias, religiosas, e etc...) negociadoras com candidatos sem personalidade e consciência política, apodrece a legitimidade da decisão democrática popular no que tange a constituição da República Federativa do Brasil.


 Art. 1º Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos  ou diretamente, nos termos desta Constituição.


    Nós Brasileiros ainda estamos aprendendo a ser “povo”, no âmbito de um sentimento de coletividade nacionalista capaz de trazer à tona a conscientização, acima de tudo através da educação onde as pessoas reconheçam e sejam reconhecidas não apenas “representação numérica” que compõe a estatística da demografia de um Estado - Nação, mas uma sociedade que se volte para os objetivos de caráter transformador do degradante sistema político – econômico que vem estagnando as reais potencialidades das mudanças e melhorias do bem social.

    Para tanto se faz urgente uma reflexão de cada indivíduo dentro de uma perspectiva do espaço que ocupa, da função social que exerce, da educação crítica que adquiriu, e da responsabilidade de agente modificador ou mantenedor das situações políticas – econômicas – sociais da nação, cabendo a todos o “poder” de eleger os seus representantes dentro das perspectivas de suas ideologias, que incidirão nas políticas públicas do exercício dos próximos governos. Voto são consciências e acima de tudo cidadania que começa no individuo.




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